No post anterior eu fiz um pequeno(pequeno mesmo) desabafo.
Fui tão sucinta que sequer deixei parecer minhas reais intenções diante do que para mim,deveria ser um post.
Confesso que preciso me desculpar com os meus
As vezes me pergunto se a eutanásia neste veículo,não seria a proposta mais justa com ele e comigo mesma,mas é por mim que escrevo.Talvez por isso eu tenha muita liberdade,liberdade até para deixar o blog desatualizado por semanas...
Mas a liberdade é o que mesmo,durante esse tempo,continua me fazendo enlouquecer.
Eu tenho já uma certa idade,moro com meus pais num "albergue" e sigo uma religião um pouco complicada.
Falta dinheiro...Falta autonomia...Falta taaaaaaaanta coisa O_O"
Eu não tenho muita liberdade,aliás,não tenho nenhuma e coisas simples de fazer,geralmente representam um tipo de problema.
Há empecilhos para fazer as coisas que mais gosto,e isso me destrói.
Amigo Filipe(que me fez perguntas sobre o post anterior)era apenas minha forma de dizer que preciso de mais espaço no mundo.
Preciso do "meu",preciso estar só.
Preciso estar solta...
Preciso de trabalho,preciso controlar o ciúme se certa pessoa que eu amo muito,preciso poder comprar algo sem precisar do dinheiro de outrem,preciso ir a shows,preciso ter mais tempo livre pros meus amigos,preciso poder passar o tempo que eu quiser na internet...
São MUITAS coisas...
E na maioria são BOBAS ou RIDÍCULAS,mas me fazem grande falta e no final do dia:
Me sinto acorrentada.
Não sei se estou sendo clara,pra falar a verdade estou com um pouco de Mas enfim...
Penso também que liberdade de verdade não existe.
Existe sim uma liberdade condicionada,posto que toda ação gera uma reação e a gente não pode sair por aí fazendo o que der na telha,né?
Entendendo liberdade como sendo uma autonomia total de vida,um "poder-fazer-ter" solto e despreocupado...Lhe pergunto:
Quem realmente é livre?
Ser livre é bem mais do que se quer, senhorita Izabely. "A noção de 'voluntário' não é tão clara como parece. Em uma de suas obras, Aristóteles imagina o caso de um capitão de um navio que deve levar uma carga de um porto para outro. No meio da travessia, uma enorme tempestade começa a cair. Ele conclui que só pode salvar o barco e a vida de seus tripulantes jogar a carga pela borda para equilibrar a embarcação. Então, ele a jogou no mar. Ele a jogou porque quis? Óbvio que sim, pois poderia não se ter livrado dela, arriscando-se a morrer. Mas é evidente que não, já que o que ele desejava era levá-la até seu destino final, caso contrário não teria zarpado. De modo que a jogou querendo... Mas sem querer."
ResponderExcluirNão podemos dizer que a tenha jogado involuntariamente, nem que jogar a carga fosse sua vontade. Às vezes pode-se dizer que atuamos voluntariamente... Contra a nossa vontade.
Todos nós estamos sujeitos a condições que não foram escolhidas. Nossa família, nossa língua, nossa classe social, nosso momento histórico. Além disso, somos dotados de talentos e/ou limitações que de alguma forma vão influenciar na nossa vida.
Entretanto, não podemos dizer que não somos livres. Nossa liberdade é construída através de nossas ações, quando reconhecemos as forças que atuam sobre nós e decidimos encará-las e agir sobre elas.
E como disse sabiamente Merleau-Ponty, filósofo francês: "[...]nunca há determinismo e nunca há escolha absoluta, nunca sou coisa e nunca sou consciência nua."
Ninguém nasce livre, mas torna-se livre. Construa sua liberdade, lute por ela. Afinal...
"Liberdade ainda que tardia"
_Metaltsuki Member
Muito obrigado por sua contribuição para meu blog, Hoshigaki!
ResponderExcluirSinto-me honrada com tão competente presença aqui no meu bloguinho capenga...